Washington - A Suprema Corte americana discute nesta segunda-feira o caso genético de mais alto perfil da história, um litígio em que os magistrados avaliam se empresas privadas deveriam ter o direito de patentear genes humanos ligados ao câncer.
A decisão da corte pode ter amplas implicações para as pesquisas científicas, a saúde dos pacientes e a indústria farmacêutica, uma vez que quase 20% dos cerca de 24 mil genes estão atualmente sob patentes, alguns ligados ao câncer e ao mal de Alzheimer.
No cerne do caso está a iniciativa da empresa Myriad Genetics, uma companhia com sede em Utah, Estados Unidos, que detém as patentes de genes conhecidos como BRCA1 e BRCA2, associados, respectivamente, a cânceres hereditários de mama e ovário.
A empresa afirma que as patentes dos dois genes, obtidas em 1998, ajudou a angariar os recursos "necessários para decodificar os genes, projetar e realizar os testes, interpretar os resultados e ajudar os pacientes", beneficiando um milhão de pessoas.
No entanto, críticos acusam a Myriad de barrar a realização de pesquisas por outras instituições sobre os genes BRCA e de tornar os testes caros demais para muitos pacientes, pois custam entre U$ 3.000 e US$ 4.000.
"A competição é o que leva à inovação e ao aperfeiçoamento", argumentou Harry Ostrer, médico geneticista e demandante no processo.
Fonte: INFO Abril
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