Novo banco de recursos genéticos da Embrapa é inaugurado em Brasília

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agrpecuária (Embrapa) comemora neste mês 41 anos de fundação. E o presente pelo aniversário foi entregue na manhã desta quinta-feira (24), quando a instituição inaugurou o seu centro de armazenamento genético, em Brasília (DF). A unidade está instalada na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, com capacidade para guardar informações genéticas de até 750 mil amostras de origem vegetal e, também, de material genético de animais e microorganismos.

A expansão do Banco Genético da Embrapa eleva o Brasil para a terceira posição mundial em questão de capacidade de armazenamento de material genético para a pesquisa agropecuária, segundo a Food and Agriculture (FAO, na sigla em inglês), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que trata de agricultura e alimentação pelo mundo. Apenas Estados Unidos e China estão à frente do País neste ranking. 

Diante deste quadro, a perspectiva é que haja um desenvolvimento da agropecuária brasileira, inclusive com o aumento da troca de informações entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros. A avaliação é do presidente da Embrapa, Maurício Lopes. 

"É um banco em torno do qual há um conjunto muito grande de laboratórios, um sistema de informação muito preciso. Esse sistema de informação estará disponível para todo o mundo. Poderemos fazer um trabalho de intercâmbio internacional muito mais intenso e operando nessas três frentes importantes para a agropecuária do futuro: o melhoramento genético animal, o melhoramento genético de plantas e de microorganismos que são também importantes para o controle biológico na ação biológica de nitrogênios, para a estrutura da indústria. É uma estrutura das mais modernas do mundo e que nos coloca em uma posição privilegiada na pesquisa de recursos genéticos e de melhoramentos", salientou. 

Trabalho para o futuro 

Durante a solenidade, Lopes mostrou como se dá o processo de armazenamento do material. Primeiro ele é catalogado e inserido no sistema digital. Depois, é levado para um sistema de câmaras criogênicas. Na ocasião, foram guardadas sementes de arroz, feijão, soja e trigo. O avanço tecnológico é um trunfo da Embrapa para antecipar as necessidades. 

"Melhoramos a nossa capacidade em conservação. Isso é muito importante para a nossa agropecuária, para controlar pragas e doenças. É nesses bancos que a gente vai preservar a diversidade biológica para fazer frente aos desafios do futuro".

Fonte: Embrapa

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