A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou em sua última reunião (10/04/2014) a liberação comercial do mosquito da dengue transgênico. A ideia é que o inseto geneticamente modificado (GM) seja uma alternativa no combate à doença que o próprio Aedes aegypti transmite. Os mosquitos GM carregam um gene que, apesar de serem inofensivos para os insetos que os possuem, é letal para a prole, que morre ainda em estado larval.
Somente as fêmeas do Aedes aegypti se alimentam de sangue e podem transmitir o vírus causador da doença, os machos se alimentam apenas de néctar. A estratégia de combate à dengue consiste em liberar grande número de machos transgênicos em áreas onde há infestação. Ao copularem com as fêmeas selvagens, será gerada uma descendência que morre ainda nos primeiros estágios de desenvolvimento, reduzindo, assim, a população do mosquito.
Foram realizados testes em diversos países. No Brasil, as pesquisas, acompanhadas pela CTNBio, revelaram que nas cidades baianas de Juazeiro, Itaberaba e Mandacaru, a redução na população do inseto vetor da doença foi de 80%, 81% e 92%, respectivamente.
Essa linhagem de mosquitos transgênicos foi originalmente desenvolvida pela empresa britânica Oxitec. Em 2010, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP adaptaram a linhagem para as condições brasileiras. Um ano depois, a Universidade fechou uma parceria com a Moscamed, para produção em larga escala do mosquito.
Fonte: Redação CIB
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