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Notícia

Lei de Inovação continua tendo impacto restrito no Brasil

30/09/2014

Apesar de estar dez anos em vigor, especialistas concordam que o impacto da Lei de Inovação no setor de ciência e tecnologia do Brasil continua restrito. Fatores como o País ainda ter uma economia baseada em commodities ao invés da valorização dos produtos de alto valor agregado e a baixa capacidade das universidades transformarem seu conhecimento em inovação estão entre os principais obstáculos para a lei.

"O Brasil produz muito conhecimento. Somos o 13º país em produção científica, mas a conversão desse conhecimento científico em inovação não acontece. Somos no mundo o 65° país nesse quesito. Nossas universidades e pesquisadores produzem conhecimento publicável, mas não transformam isso em inovação", afirmou Álvaro Amarante, diretor da Agência PUC de Inovação, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná.

Para Amarante, a situação se deve ao ecossistema de pesquisa e desenvolvimento nacional, não muito favorável à inovação. "Ele ainda é muito recente. Temos uma economia voltada praticamente para commodities, e essa transformação cultural de sair dos commodities e começar a agregar valor aos nossos produtos, serviços e tecnologias é um processo demorado", pontuou.

Na sua avaliação, a mudança começa a partir do momento em que se investe em iniciativas como incubadoras, tecnoparques e fortes programas de empreendedorismo nas universidades. "O que precisamos é de um grande processo de mudança cultural no País, pra voltar todos os esforços da tripla hélice - que são universidades, governo e empresas", ressaltou.

O diretor palestrou durante o seminário "Espaço de conhecimento: ampliação das conexões entre os ambientes de inovação e os setores público e privado", realizado no 24º Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, em Belém (PA).

Lei

A Lei de Inovação Tecnológica é n°10.973 de 2 de dezembro de 2004, criada para estimular a criação de ambientes especializados e cooperativos de inovação; a participação de Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) no setor; a inovação nas empresas; do inventor independente; e a criação de fundos de investimentos para a inovação.

É a primeira norma brasileira que trata do relacionamento entre universidades, instituições de pesquisa e empresas.


Fonte: Agência Gestão CT&I

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