Os avanços da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) na área de inovação tecnológica foram comemorados na tarde dessa terça-feira, 9, durante cerimônia na Sala dos Colegiados, no prédio da Reitoria. O evento marcou o registro da primeira carta-patente concedida à Universidade pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e também a marca de 102 pedidos de patentes realizados pela Instituição.
O documento concedido à UFRN diz respeito ao “Processo de Desitratação do Gás Natural por Microemulsão”, tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores Afonso Avelino Dantas Neto, Eduardo Lins de Barros Neto, Geraldine Angélica Silva da Nóbrega e Tereza Neuma de Castro Dantas. Solicitada em 2004, a patente só veio a ser concedida em julho deste ano.
O número de pedidos de patentes pela Universidade cresceu de forma acelerada nos últimos anos. Segundo o coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFRN, Aldayr Dantas de Araújo, até maio de 2011 existiam 26 pedidos e, de lá para hoje, esse número foi acrescido de outros 76, chegando às atuais 102 solicitações.
O processo para concessão das cartas-patentes é demorado. De acordo com Aldayr Dantas, após a solicitação, o INPI guarda o estudo em sigilo por 18 meses. Em seguida, o trabalho é publicado e fica o mesmo período aberto a contestações. Após os 36 meses iniciais, o Instituto começa a analisar e a comparar a tecnologia com outros pedidos e, caso não encontre nada parecido, faz a concessão.
Em comparação com outras instituições da região Nordeste, a UFRN se encontra em situação semelhante às universidades federais da Bahia (UFBA) – com 112 pedidos e uma carta-patente –, de Sergipe (UFS) – com 95 pedidos e uma carta-patente –, de Pernambuco (UFPE) – com 117 pedidos, mas nenhuma carta-patente – e do Ceará (UFC) – com 96 pedidos e nenhuma carta-patente. A UFRN possui ainda 33 registros de programas de computador e 14 de marcas.
Entre os cursos que possuem pedidos de patentes, segundo o coordenador do NIT, estão Química, Física, Farmácia, Fisioterapia, Medicina e as engenharias Mecânica, Elétrica, Biomédica, de Materiais e da Computação.
Solenidade
A cerimônia que registrou os resultados alcançados pela Universidade reuniu estudantes, pesquisadores e gestores universitários. Durante o evento, a reitora Ângela Paiva Cruz ressaltou a importância da concessão: “Para nós, tem o mesmo significado do diploma que o primeiro reitor entregou ao primeiro formado da UFRN”, ressaltou.
Segundo ela, trata-se de um “momento importante em que a Universidade avança na pesquisa aplicada, estimulando, durante os cursos de graduação e de pós-graduação, a premissa do empreendedorismo e do espírito inovador”. A reitora ainda citou levantamento divulgado recentemente pelo jornal Folha de São Paulo que classifica a UFRN na terceira colocação regional e na 22ª nacional no que diz respeito à inovação tecnológica.
A gestora ainda fez referência ao papel das incubadoras de empresas e das empresas juniores, além de citar projetos de criação de dois parques tecnológicos, voltados para tecnologia da informação e para energias renováveis.
A ocasião foi encerrada com a homenagem aos pesquisadores responsáveis pela primeira tecnologia da UFRN contemplada com carta-patente, cuja entrega foi feita a eles, na ocasião, pela reitora Ângela Paiva.
FONTE :UFRN
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