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Notícia

Empresa brasileira de inovação pode impulsionar desenvolvimento de CT&I nos Estados

05/03/2015

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, apontou a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) como um caminho para os Estados aproveitarem vocações locais em projetos colaborativos entre laboratórios e indústrias. A avaliação foi feita nesta quarta-feira (4), em reunião do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti).

Ao ressaltar a importância de cada Estado observar sua vocação, Aldo lembrou que a Embrapii divulgou nesta semana o resultado preliminar de sua segunda chamada pública, que credencia cinco novas unidades: os institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), especializado em equipamentos médicos; do Ceará (IFCE), que atua com sistemas embarcados e mobilidade digital; do Espírito Santo (Ifes), centrado em metalurgia; de Minas Gerais (IFMG), baseado em sistemas automotivos inteligentes; e Fluminense (IFF), que trabalha com monitoramento e instrumentação para o ambiente.

Os cinco institutos fazem companhia às 13 unidades já credenciadas pela Embrapii. O projeto piloto da organização social começou com três centros: Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), de São Paulo; Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), do Rio de Janeiro; e Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec), da Bahia. O primeiro edital havia selecionado, em agosto de 2014, mais dez propostas de credenciamento de instituições de pesquisa tecnológica.

Também na reunião do Consecti, o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata, incentivou cada Estado a avaliar as competências de seus laboratórios e estimular que eles se inscrevam nos próximos editais da Embrapii, "um programa que se apoia muito nas estruturas existentes" e se inspira na "capilaridade nacional da Embrapa" [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], que é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e conta com 47 unidades.

Prata ressaltou que a Embrapa prioriza competências e tradições de cada região onde se instala, a fim de gerar benefícios econômicos e sociais a partir de desenvolvimento científico e tecnológico. "A Embrapa construiu suas 47 unidades, mas a Embrapii não terá tempo de fazer isso. Nós temos pressa", disse. "Como o Brasil tem um sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação muito bem estruturado, o que nós vamos fazer, e estamos fazendo, é credenciar aquelas instituições que podem operar no modelo Embrapii".

Colaboração

O ministro se colocou à disposição para aprofundar os laços entre o MCTI e o Consecti. "Creio que teremos uma jornada muito construtiva", afirmou. "A minha ideia é que tenhamos uma agenda de trabalho permanente, com a intensificação das ações já previstas e a ampliação dos horizontes para a nossa cooperação".

A presidenta do Consecti, Francilene Garcia, colocou o início de 2015 como um período "bastante oportuno" para integrar ações do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação."Estamos vivendo, cada um de nós, em nossos Estados, um momento estratégico de reavaliação, entre cortes e gastos orçamentários", recordou, em referência aos governadores eleitos e reeleitos. Francilene ocupava interinamente a presidência da entidade. Foi eleita para o cargo nesta quarta-feira (4), quando o conselho também escolheu sua nova diretoria.

O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Hernan Chaimovich, reforçou mensagem do ministro no fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), aberto na terça-feira (3): "Tanto o Confap quanto o Consecti são demonstrações na prática da força do ente federativo neste País; eles mostram a importância da federação e representam sua diversidade".

Presente ao encontro, o presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, defendeu que as parcerias precisam ser renovadas e fortalecidas em momentos de limitações orçamentárias. "A verdadeira dificuldade não é a falta de recursos, mas a carência de projetos", argumentou. "Desenvolver novos projetos possibilita, por um lado, mostrar a necessidade de novos recursos e, ao mesmo tempo, convencer nossa sociedade, empolgar nossa população, fortalecer a percepção da importância da ciência e tecnologia".

Segundo Francilene, o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia Legal, coordenado pelo CGEE e entregue no início de 2014, já surtiu efeito, com o lançamento de um edital por um banco regional a partir de áreas de investimento sugeridas pelo documento. O centro também finalizou no ano passado o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste Brasileiro.

 

Fonte: MCTI

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