Países dos Brics sinalizam maior integração multilateral no setor CT&I

Foi firmado na quarta-feira (18) um memorando de entendimento entre os ministros de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) do Brasil, da Rússia, da China e da África do Sul para institucionalizar a cooperação dos países dos Brics. Além disso, os dirigentes subscreveram a Declaração de Brasília, que reafirma e aprofunda as prioridades estabelecidas no ano passado para CT&I no âmbito do bloco, por meio da Declaração da Cidade do Cabo.

Anfitrião do encontro, o chefe do MCTI, Aldo Rebelo, vê a interação dos Brics como muito importante para o desenvolvimento de CT&I nos países do bloco. “A cooperação abre para todos nós amplos horizontes de possibilidades em todas as disciplinas onde tivermos competência para atuar. Energias renováveis e prevenção e mitigação de desastres naturais, por exemplo, são grandes desafios. Também precisamos de ousadia e ambição em outros domínios, como a produção de alimentos e a proteção da saúde dos nossos povos”, afirmou Rebelo.

Ao todo, serão cinco áreas temáticas. Cada país será responsável por uma delas. O Brasil liderará os esforços em mudanças climáticas e prevenção de desastres naturais. A área de recursos hídricos e ecologia é responsabilidade da Rússia. A Índia tomará conta de tecnologia geoespacial e suas aplicações. A China cuidará da parte de energias alternativas e renováveis, enquanto a África do Sul irá direcionar os trabalhos na área de astronomia.

A vice-ministra russa de Educação e Ciência, Ludmila Ogorodova, sugeriu que os países do bloco façam uma série de workshops, fóruns e conferências para estabelecer a integração do trabalho. Segundo ela, é necessário avançar nas cooperações bilaterais entre as nações e avançar rumo ao multilateralismo.

“Hoje, os cinco países desenvolvem parcerias de forma bilateral, mas a direção ideal seria o multilateralismo. Esse conceito deverá envolver ministérios e institutos de pesquisa”, pregou.

O próximo encontro dos ministros de CT&I dos Brics acontece ainda este ano, na cidade russa de Ufa. Será no segundo semestre, mas sem data confirmada.

Fonte :Agência Gestão CT&I

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