As informações contidas nos bancos de patentes, como no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, podem servir para ajudar as empresas a inovar e estimular o desenvolvimento tecnológico de um país. Essa foi a principal mensagem que ficou da participação da coordenadora de Pesquisa em Inovação e Propriedade Industrial do INPI, Rafaela Di Sabato Guerrante, no Encontro iTec 2015 – Negócios em Inovação e Tecnologia, que está sendo realizado nesta terça e quarta-feira, em São Paulo.
Em sua apresentação, Rafaela falou sobre o trabalho do INPI no fomento ao uso estratégico da informação tecnológica de patentes. “Atuamos em três vertentes”, disse: “A primeira é verificar a liberdade de operação, ou seja, ver se a tecnologia está disponível no Brasil, evitando litígios e mostrando oportunidades de tecnologias livres. A segunda é a identificação de atores, na qual são mapeados os agentes desenvolvedores de tecnologias, favorecendo a formação de parcerias e o monitoramento da concorrência. E a terceira é a observação das tendências tecnológicas, ou, em outras palavras, traçar as diferentes rotas tecnológicas no mundo, permitindo verificar soluções
alternativas”.
Nessa linha, Rafaela falou sobre a importância da informação tecnológica para as empresas e as nações. “Segundo a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), mais de dois terços das informações tecnológicas disponíveis no mundo estão contidas em documentos de patente”, contou. “Um estudo feito na Alemanha concluiu que os custos de P&D poderiam ser reduzidos em 30%, caso as informações técnicas disponíveis fossem utilizadas”, disse. Ela lembrou ainda que milhões de pedidos de patentes são depositados todos os anos no mundo, mais de 80% das quais não estão protegidas no Brasil, o que representa um acervo enorme de informações tecnológicas disponíveis.
Em sua palestra, Rafaela apresentou outro produto já disponibilizado pelo INPI, o Radar Tecnológico. “Trata-se de um relatório estatístico setorial, na forma de infográfico, com base em informações tecnológicas de documentos de patente”, explicou. “O público alvo desse produto são associações de empresas de base tecnológica, instituições do Sistema S, ICTs e órgãos de fomento”.
Segundo Rafaela, com o Radar, esse público poderá identificar parcerias e monitorar a concorrência, verificar as tendências tecnológicas e os polos (país/região) de desenvolvimento tecnológico, além saber qual liberdade de operação (se uma tecnologia está protegida ou não por patente) nos mercados nacional e internacional
Fonte: Agência de Inovação da UFScar
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