Maior promessa do setor de biocombustíveis nos últimos anos, o etanol celulósico começa a sair do campo das ideias para chegar aos postos no próximo ano. Feito no Brasil a partir da palha e do bagaço da cana-de-açúcar – restos do processo atual de produção de álcool –, o chamado etanol de segunda geração é visto como a principal alternativa para aumentar a oferta sem a necessidade de crescimento significativo da área plantada.
Segundo projeções conservadoras do setor produtivo, o consumo de etanol aumentará 45% até 2020, para cerca de 48 bilhões de litros ao ano. Com a produção de etanol a partir da celulose, será possível elevar a oferta entre 35% e 50% em uma mesma área de cana – as estimativas variam de acordo com a tecnologia adotada e com o volume de biomassa disponível em determinada região.
O custo de produção, especialmente o investimento inicial na indústria, barrou o advento do etanol celulósico até aqui. Pioneiros, no entanto, começam a se arriscar. A associada Anpei ETH, agora Odebrecht Agroindustrial, anunciou parceria com a dinamarquesa Inbicon, que produz etanol a partir da palha de trigo na Europa. Outra associada, a Petrobras, por sua vez, preferiu desenvolver a sua própria tecnologia. Com pesquisadores dedicados ao etanol de segunda geração desde 2004, a estatal tem a meta de levar o combustível aos postos em 2015.
A GraalBio inaugura no início de 2014 uma fábrica de etanol celulósico do Brasil. A unidade, que terá capacidade para produzir 82 milhões de litros por ano, está sendo erguida em São Miguel dos Campos (AL).
A segunda fábrica do "novo etanol" no Brasil será erguida pelo CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), empresa voltada à pesquisa em cana, nas dependências da Usina São Manoel, localizada no município homônimo, no interior de São Paulo.
Já a Raízen opera uma unidade de demonstração no Canadá em parceria com a Iogen, empresa de tecnologia na qual detém participação. A empresa planeja para o final de 2014 a inauguração de sua primeira fábrica comercial, com capacidade para 40 milhões de litros ao ano. O projeto deve consumir R$ 200 milhões.
Fonte: Folha de São Paulo
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