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Notícia

Propriedade intelectual contribui para diálogo comercial Brasil - Estados Unidos

05/03/2013

As ações em parceria entre brasileiros e norte-americanos, representados pelo INPI e o USPTO (United States Patent and Trademark Office), na área de propriedade intelectual, tiveram destaque na décima edição do Diálogo Comercial entre o Ministério do Desenvolvimento e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DoC), realizada nos dias 25 e 26 de fevereiro, em Washington. O evento registrou avanços importantes para o intercâmbio comercial entre os dois países.

Representado pela diretora de Cooperação para o Desenvolvimento, Denise Gregory, o INPI apresentou, com o USPTO, as ações em parceria nesta área. As principais atividades mencionadas foram: treinamento de examinadores e discussões sobre qualidade de exame; debates sobre colaboração nas análises; e os roadshows que apresentam, num dos países, como obter direitos de PI no outro - em 2011, o USPTO veio ao Brasil e, em 2012, o INPI foi aos Estados Unidos.

No diálogo com 90 empresários, que encerrou o evento, Gregory foi questionada sobre a pirataria e ressaltou o maior engajamento do INPI neste campo, com o treinamento de servidores públicos que atuam em fronteiras e ações de conscientização para o público nacional.

Inserção do setor privado

A propriedade intelectual esteve ao lado de outros temas importantes, como serviços, normas e facilitação de negócios. A secretária de Comércio Exterior do Ministério, Tatiana Lacerda Prazeres, destacou três tópicos importantes neste encontro. O primeiro foi a inclusão do tema energia nas tratativas entre os dois países. O segundo se refere ao maior engajamento institucional de órgãos e agências que estabeleceram contatos definitivos para solução de controvérsias e aperfeiçoamento de mecanismos de regulamentação e controle do fluxo comercial.

Por último, Tatiana destacou a inserção do setor privado no debate dos temas do diálogo comercial:

- Abrimos a agenda ao setor privado para apresentar os resultados receber sugestões e contribuições que serão muito valiosas para avançarmos na direção necessária e desejada para o intercâmbio comercial entre os nossos países - disse.

O subsecretário do DoC, Francisco Sanchez, também avaliou o progresso do encontro:

- É sempre bom conversar e trocar palavras agradáveis, mas é melhor ainda quando temos resultados tangíveis, como é o caso aqui, para alcançar o potencial das nossas relações comerciais - analisou.

Intercâmbio comercial

Em 2012, o Brasil exportou para os Estados Unidos US$ 26,849 bilhões com crescimento de 3,5% em relação a 2011. Os principais produtos vendidos pelo Brasil foram óleos brutos de petróleo (US$ 5,577 bilhões, com participação de 20,8% sobre o total); produtos semimanufaturados de ferro e aço (US$ 1,943 bilhão, 7,2%); etanol (US$ 1,517 bilhão, 5,7%); café cru em grão (US$ 1,054 bilhão, 3,9%); e aviões (US$ 957 milhões, 3,6%).

As importações brasileiras deste mercado somaram US$ 32,604 bilhões, com recuo de 4,8% na comparação com os números do ano passado. Os bens mais adquiridos no período foram óleos combustíveis US$ 2,802 bilhões, representando 8,6% do total); motores e turbinas para aviação (US$ 1,794 bilhão, 5,5%), hulhas (US$ 1,360 bilhão 4,2%), medicamentos (US$ 1,187 bilhão, 3,6%); instrumentos e aparelhos de medida (US$ 838 milhões, 2,6%).

Fonte: INPI

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